Like/Dislike, um documentário publicado há dias pelo centro de estudos espanhol Funcas, analisa de forma pertinente vários efeitos que usos pouco equilibrados da Internet e da tecnologia móvel podem ter sobre a saúde mental e emocional, o comportamento e os relacionamentos de crianças e adolescentes. Psicólogos, sociólogos, jornalistas, educadores e outros especialistas vão abordando o lado negro da tecnologia, traduzido em problemas como: adição, ilusão de controle do tempo e da multitarefa, conetividade permanente, distância e dissociação entre imagem/vida digital e imagem/vida real, infoxicação e desinformação, impaciência, intolerância à frustração… Estão longe, no entanto, de qualquer demonização da tecnologia. Bem pelo contrário, o que propõem é educar para um uso consciente, equilibrado e ético da tecnologia, como instrumento cada vez mais imprescindível nas nossas vidas e no futuro. O que não pode ser deixado apenas à responsabilidade de alguma escola ou professor mais despertos para a problemática, afirmam os especialistas. Tal como observam: quantas vezes somos nós, adultos, pais e professores, a fixarmo-nos no telemóvel em vez de interagirmos com as crianças e adolescentes à nossa volta?
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