O Relatório “Prevenir uma década perdida: Ação urgente para inverter o impacto devastador da Covid-19 nas crianças e jovens”, apresentado no passado dia 9 pela Unicef (Agência das Nações Unidas para a Infância), refere que mais de 100 milhões de crianças vivem atualmente em situação de pobreza, o que corresponde a um aumento de 10% relativamente a 2019, sendo esta a pior crise a que a Unicef assistiu nos seus 75 anos de história.
Mas os custos da crise não estão a afetar as crianças de forma igual. As mais marginalizadas e vulneráveis são as mais prejudicadas, verificando-se grandes disparidades em áreas como a saúde e a saúde mental e a educação. Em 2020, mais de 23 milhões de crianças perderam vacinas essenciais, o que representa um aumento de quase 4 milhões desde 2019, o número mais elevado desde 2009. Problemas de saúde mental afetam mais de 13 por cento de adolescentes com idades compreendidas entre os 10-19 anos em todo o mundo. No auge da pandemia, mais de 1,5 mil milhões de estudantes estavam fora da escola devido ao seu encerramento. Milhões de as crianças ou não estão na escola ou não estão a aprender competências básicas de que necessitam.
Ainda segundo a publicação, aproximadamente mil milhões de crianças – quase metade das crianças do mundo – vivem em países que se encontram num “risco extremamente elevado” devido aos impactos das alterações climáticas.
Há também mais crianças deslocadas do que nunca: no último ano, mais de 82 milhões de pessoas em todo o mundo foram deslocadas à força.

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