Em fevereiro, na contagem decrescente para as eleições legislativas, a UNICEF Portugal convidou crianças e adultos a enviarem cartas aos partidos políticos, solicitando aos decisores que ponham os Direitos da Criança na agenda política e que se comprometam com o seu efetivo cumprimento.
Foram 2969 os portugueses – crianças e adultos – que responderam ao apelo da UNICEF. E assim 2696 cartas chegaram aos candidatos às Eleições Legislativas.
Havia dois modelos de carta – uma para as crianças enviarem, outra para ser enviada pelos adultos. Ambas podem ser lidas em https://www.unicef.pt/eleicoes-2024-carta/.
A das crianças dava destaque ao que as 12 mil crianças ouvidas no estudo “Tenho voto na matéria” disseram. E o que disseram foi sobretudo que gostavam de ser mais ouvidas pelos adultos, ter mais oportunidades de participação, melhor saúde e educação, mais proteção face à violência aos perigos do mundo digital.
A carta dos adultos recordava aos políticos que, em Portugal, uma em cinco crianças vive em situação de pobreza e pedia medidas concretas. Além da criação de uma pasta ministerial para coordenar assuntos de infância e adolescência, pediam medidas para erradicar a pobreza e garantir a igualdade de oportunidades; para um investimento na educação, habitação e saúde; para garantir a prevenção e proteção contra a violência.
Recorde-se que esta iniciativa, intitulada “Prioridade às Crianças”, surgiu na sequência de um Manifesto lançado pela UNICEF Portugal também no âmbito das eleições legislativas de 2024. Com o nome “Mais de 1,8 milhões de razões para agir”, numa alusão ao número de crianças que vivem hoje em Portugal, este documento de 12 páginas faz um retrato da realidade infantil em Portugal e apresenta caminhos para melhorar a situação. O Manifesto pode ser consultado em https://www.unicef.pt/media/4195/unicef_manifesto_eleicoes_legislativas_2024.pdf.
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